No último Fronteiras XXI de 2019, debatemos a relação que hoje temos com os animais. Da sua "humanização", aos deveres do Homem para com os bichos e aos seus novos direitos.
Hoje, 54% das casas em Portugal têm animais de estimação. No total, são 5,8 milhões de cães, gatos, pássaros e até mesmo jiboias e outras espécies exóticas e perigosas. Eles passaram a integrar a família e a sociedade, tendo conquistado um estatuto jurídico distinto dos outros bichos. Em caso de divórcio, por exemplo, o juiz decide como se de um filho se tratasse. A guarda partilhada de cães e gatos é cada vez mais frequente.
Para as pessoas não serem chamadas a tribunal por mau comportamento dos bichos, existem diversas instituições dedicadas ao ensino das boas regras de socialização. Os cães podem frequentar creches, escolas e até universidades próprias, onde adquirem as competências necessárias para conviver com humanos e outras espécies de animais. Também existem hotéis para quando os donos vão de férias e não os podem levar consigo. E surgem cada vez mais lojas especializadas em animais de companhia, que vendem de ração orgânica, a brinquedos, acessórios e mobiliário.
E a própria sociedade tem mudado para os acolher: já há empresas em Portugal que dão licenças de maternidade aos colaboradores que tiverem adoptado um cão. Os animais de estimação passaram a estar em todo o lado. Em casa, no trabalho, no café. Porque eles oferecem mais do que só companhia. São verdadeiros aliados na saúde e na doença. Alguns animais têm mesmo uma função terapêutica e outros proporcionam um apoio social valioso, como acontece com quem não vê.
Apesar de tudo isto, os animais não são tratados de forma igual. Os canis municipais estão sobrelotados. Cerca de 40 mil animais são recolhidos das ruas todos os anos, segundo dados da Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios. Mas outros tantos milhares não têm vaga nos centros de acolhimento. O que pode colocar a segurança e a saúde pública em risco, alerta a Ordem dos Médicos Veterinários. Como é que se previne o abandono de animais?
No Fronteiras XXI debatemos a relação que hoje temos com os animais. A sua hierarquização, os critérios que orientam essa ordem de importância e como decidimos que espécies preservar. Da “humanização”, aos deveres do Homem para com os bichos e aos seus novos direitos. Com o CEO do Oceanário de Lisboa João Falcato, a socióloga Verónica Policarpo, a veterinária Ilda Gomes Rosa e o professor catedrático de Direito Fernando Araújo.
A moderação é da jornalista da RTP Ana Lourenço. Fronteiras XXI, dia 11 de Dezembro, às 22h00, na RTP3.
https://modernfarmer.com/2014/04/meet-earths-oldest-farmers-ants/
Tal como uma deputada do Partido Comunista Português que foi para um debate sobre animais domésticos como cães e gatos e sobre estes animais como animais errantes falar em perigo para a saúde humana e zoonoses, aqui penso que a apresentadora está redondamente enganada, no entanto não sei a sua idade, por vezes com 51 anos de idade reparo que na rua não vejo tantos cães abandonados como na minha infância (se é que os dados existem); segundo, a zoonoses estão mais ligadas de facto à industria agropecuária e de facto grande número de doenças e contaminação dos solos provêm desta indústria e desta exploração, não de gatos cujas zoonoses e contaminação de solos é insignificante comparativamente à indústria agropecuária, pelo que, mais uma vez comento do mesmo modo, torna- se desinformado para um jornalista fazer comentários destes. Certo que as matilhas de cães se tornam um problema, certo também é que as Câmaras Municipais estão a lidar com este assunto com mais recursos do que nunca e de forma mais informada que nunca.
que humanizamos animais é inevitável, só nos resta fazê-lo da melhor maneira, era o que queria dizer e não o oposto, é evitável, mas são as correcções automáticas do software de telemóvel, peço desculpas, não há botão para editar?
Pelo que eu descrevi no meu comentário anterior sobre extermínio em massa sistemático, holocaustos, poderá ser possível entrever o funcionamento de áreas do cérebro responsáveis por matar, pela crueldade ímpar, que também não é única em humanos, embora talvez mais rara noutros primatas, ou seja, cientificamente a explicação existe. De igual modo, não somos animais únicos na amizade que criamos com espécies diferentes que chegamos a adotar e cuidar, também no cérebro suas áreas e bioquímica há de estar ligado a explicação.
Mugir a seiva de outros insectos.
Ao contrário é de certo modo mais pela negativa surpreenderam me as palavras de Carl Sá fina, talvez mesmo porque a minha vocação seja Antropologia e o pensar da condição humana na realidade poucos animais o fazem, isto é manter animais em quintas para explora lo, mas, acaso eu não considerasse que de facto somo raros e que a eusocial idade mais comum em insectos é rara em mamíferos e única em primatas, nos somo o único primata eusocial, também mamíferos claro está. Na realidade somo altamente cooperativos e organizados, sistemáticos, ora as formigas na realidade têm quintas onde mudem a seiva de outros insectos, conseguem igualmente escravizar. Com isto não quero dizer nada, apenas sugerir para que pensem melhor a condição humana. É, na realidade se somo metódicos e sistemáticos também o somos na nossa crueldade e nos holocaustos que criamos, quer para extermínio de humanos, que de animais.
Piometra ou útero infectado que se torna mortal em gatas a cadelas sobretudo idosas ou cancro nos testículos em cães.
Pioneira, peço desculpas pelo erros e mau Português do comentário anterior que não vejo como editar.
A iniciativa de discutir este tema é os convidados escolhidos e de grande interesse, por isso desde já louvo a iniciativa. Se bem que fiquei admirada sobretudo com o senhor professor Doutor Fernando Araujo e o seu modo de pensar, muito pela positiva devo esclarecer, o certo é que me ficou uma certa mágoa quando considerou os animais objecto devido a medidas de controlo da população. Certamente, estes animais são objecto de uma transformação, mesmo biológica e em termos evolutivos, devido a convivência próxima com os humanos, por exemplo o cão, animal mais afastado de nós em termos evolutivos que o chimpanzé no contexto da sua domesticação torna se mais capaz que o chimpanzé de compreender humanos. O que foi mencionado sobre proibição de reprodução humana esteve ligado à Eugenismo, ainda hoje se discute e não é garantido de igual modo que os casais possam ter ou não ter quantos filhos querem, sobre laqueação de trompas em mulheres com incapacidade psíquica, em necessariamente encaminhar filhos para adoção, nos animais de colónias quanto a mim evita sofrimento, gatas idosas sempre a terem crias, acabam por morrer de parto ou acabam com pioneira, para não mencionar sequer o sofrimento, pois poucas crias sobrevivem e conheço uma senhora que adotou uma destas gatas de rua pois sentiu compaixão por uma mãe que via os filhos sempre morrer a beira da estrada. Que humaniza os animais e é evitável nesta altura, resta faze lo da melhor maneira.
Considero que este debate é actual e deverá contribuir para a recolocação dos actores : pessoas e outros animais . Existe uma hierarquia na escala animal que convinha repensar . Por exemplo: porquê o homem tem poder total sobre os outros ? Nada na mãe natureza e Universo nos deveria pensar assim, até e pelo contrário, o homem tem-na destruído incluindo a extinção de umas espécies e outras em via .O que acontece comm a flora , solo , água e ar e pessoas . Deitam-se fora milhares de toneladas de alimentos para Manter preços e com isto , matamos pessoas e animais . Olhando agora para o tema proposto e mais focada, pendo que o anate para alimentação humana terá de se fazer de forma parcimoniosa é que seja indiscutível a sua utilidade. Já a liberdade de circulação deve ser total mantida a segurança .; o Home não pode ser o dono totalitário; reportando aos animais de companhia assunto muito querido na actualidade , só quero lembrar que existem animais que são a única companhia de um idoso, de um acamado ou etc… os filhos não tem assoalhadas , tempo ou dinheiro e voltam a lembrar-se dos seus familiares próximos pós mortes para a herança ; enquanto seu pai jaz doente , em casa sozinho ou em qualquer instituição paga pelos impostos , são eles os donos de cães “ de marca /raça “ . Ao mesmo tempo passeiam -se cães nos jardins e os filhos logo que nascem vão para creches boas ou más … para começo nesta discussão, fico por aqui . Obrigada por darem voz às pessoas
Muito obrigada pelo seu contributo.
Como podemos sensibilzar as pessoas ao grande sofrimento dos animais em abatedouros se a midia evita as imagens reais ? Como pode ficar bem informado o público (que com certeza não aprova o sofrimento) se não se garante a informação veridica do horror a que esses animais doceis são submetidos?
Obrigada pela sua questão.