Hoje sabe-se que 40% dos casos de demência poderiam ter sido prevenidos com alterações no estilo de vida das pessoas. Que outras descobertas científicas estão ao virar da esquina e que potenciais terapias podem revelar? Leia a infografia e artigos exclusivos sobre o tema em debate e reveja o programa aqui no site.
Mais de 193 mil portugueses sofrem de algum tipo de demência, segundo as estimativas da Alzheimer Europe. E a situação só irá piorar. Em 2050, calcula-se que quase 4% da população nacional fique afectada.
Os dados mostram que os homens têm menos probabilidade de desenvolverem demência. Já as mulheres, representam 68% dos diagnósticos.
Talvez a maior esperança média de vida delas seja um factor, porque a idade é uma das causas para o aparecimento de sintomas. Contudo, não explica, sozinha, a desproporção de casos entre os géneros.
Hoje sabe-se mais sobre as várias formas de demência do que quando começaram a ser estudadas no início do século XX, no entanto, elas continuam a ser difíceis diagnosticar e de tratar.
Ainda está por descobrir um medicamento que trave a progressão destas doenças cerebrais. Os fármacos que existem apenas tratam os sintomas. E encontrar uma cura parece improvável. Pelo menos para já.
Mas há uma boa notícia: estudos sugerem que mais de 40% dos casos de demência poderiam ser atrasados ou mesmo evitados com algumas alterações no estilo de vida.
Que mudanças devíamos fazer na nossa alimentação, actividade física e sono para prevenir o aparecimento destas doenças? Porque é que as mulheres lhes são mais vulneráveis? Que descobertas científicas estão ao virar da esquina e que potenciais terapias podem revelar? Estarão os doentes totalmente dependentes de cuidadores informais ou irão os apoios especializados aumentar? Qual o impacto que um diagnóstico de demência tem na saúde mental do doente e das suas famílias?
No Fronteiras XXI, debatemos as demências – a sua origem, prevenção, tratamentos com futuro e como a sociedade terá de se adaptar a um número crescente de pessoas 100% dependentes dos cuidados de terceiros. Com o psiquiatra António Leuschner, a neurologista Ana Verdelho, a neurocientista Luísa Lopes e a psicóloga perita em envelhecimento Margarida Pedroso de Lima.
Tivemos ainda entrevistas com peritos, como os neurocientistas norte-americanos David Eagleman e Wendy Suzuki, e com o realizador do filme “O Pai”, Florian Zeller.
A moderação deste debate esteve a cargo da jornalista da RTP Ana Lourenço.
Reveja o programa aqui no site.
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