Hoje um curso não significa uma profissão e o futuro pode ser sinónimo de várias carreiras. Como podem as universidades e politécnicos preparar os seus alunos para estes desafios? Como se estão a adaptar às novas exigências do mercado de trabalho? Disciplinas como Filosofia ainda são fundamentais para criar massa crítica? Vamos passar a estudar ao longo de toda a vida?
Há cada vez mais portugueses formados em Gestão, Ciências, Informática ou Engenharia ou a obter diplomas na área de serviços ou da saúde. Mas um curso já não significa uma profissão e o futuro parece ser sinónimo de várias carreiras e outras tantas formações.
O mercado procura cada vez mais jovens licenciados com pensamento crítico, boas capacidades de comunicação e negociação, que se adaptem rapidamente a diferentes desafios e com ideias “fora da caixa”. E para os mais jovens o conceito deixou de ser o do emprego para a vida, passando a ser, sobretudo, um acumular de experiências laborais.
Devem as universidades e politécnicos preparar os seus alunos para estes desafios? Como se estão a adaptar às novas exigências do mercado de trabalho? E que competências devem aprofundar para lhes dar mais ferramentas para um futuro incerto?
No ensino superior tem havido mexidas: há cursos que misturam disciplinas de ciências e humanidades, licenciaturas duplas em áreas como Direito ou Gestão, mas quase metade dos estudantes que terminam o 12º ano nem sequer chegam às instituições de ensino superior. E este ano, o número de candidatos diminuiu pela primeira vez em quatro anos.
Como podem as instituições atrair novos alunos ou evitar que abandonem o sistema antes de concluir as licenciaturas? Quanto vale um diploma no salário? E na qualidade de vida?
No próximo Fronteiras XXI o ex-ministro da Educação e especialista em questões do Superior Eduardo Marçal Grilo o vice-reitor da Universidade de Lisboa António Feijó e a especialista em recursos humanos Joana Queiroz Ribeiro vão responder a estas e outras perguntas.
Com entrevistas exclusivas ao filósofo italiano Nuccio Ordine e ao ex-ministro e professor do Instituto Universitário de Florença, Miguel Poiares Maduro.
A moderação é do jornalista da RTP Carlos Daniel. Não perca o Fronteiras XXI, Dia 12 de Setembro, às 22h, na RTP3.
Engenheiro mecânico doutorado pelo Instituto Superior Técnico (IST), esteve sempre ligado às questões da Educação e do Ensino Superior.
Foi ministro da Educação no primeiro governo de António Guterres (1995-99), director-geral do Ensino Superior entre 1976 e 1980, presidente da Conferência Regular para os Problemas Universitários do Conselho da Europa (1983-84) e nos anos seguintes consultor e coordenador-geral de projectos no Banco Mundial para a área da Educação.
Liderou o Conselho Nacional de Educação de 1992 a 1995, assumindo depois a pasta ministerial.
Entre 2000 e 2015 foi administrador-executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição à qual esteve ligado 30 anos. Exerceu igualmente funções na Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation como vice-presidente e administrador-delegado.
Preside ao Conselho Geral da Universidade de Aveiro. É membro do Conselho de Curadores da Fundação Francisco Manuel dos Santos desde 2014
Foi condecorado com as Ordens: Militar de Sant’ Iago da Espada, do Mérito e da Instrução Pública.
É directora de Pessoas e Organização na empresa de seguros Fidelidade e especialista na Gestão das Pessoas e da Comunicação.
Trabalhou durante mais de 25 anos na Unicer, onde liderou as áreas de Qualidade, Comunicação, Relações Públicas e Relações Institucionais, assumindo desde 2008 a liderança da Direcção de Pessoas e Comunicação. Licenciou-se em Engenharia Alimentar pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, um curso que escolheu por combinar novidade, desafio e risco, e obteve uma pós-graduação em Ciências Cervejeiras na Universidade Católica de Louvain-la-Neuve, na Bélgica. Participou ainda no “Advanced Executive Program” da Kellogg School of Management (Chicago, EUA).
Ao longo da carreira foi distinguida com diversos prémios, destacando-se o de “Directora de Recursos Humanos” (revista HR Portugal – Human Resources, 2017), “Directora de Recursos Humanos que as pessoas mais gostariam de ter” (revista HR Portugal – Human Resources, 2012), “Executiva do ano” (revista Máxima e Jornal de Negócios, 2011) e “Personalidade de Comunicação do ano” (Jornal Meios e Publicidade, 2005)
O vice-reitor da Universidade de Lisboa foi um dos promotores de um curso único em Portugal: a licenciatura em Estudos Gerais que, desde 2011, reúne temas de Artes, Letras e Ciências, permitindo aos alunos escolher as disciplinas que mais lhe interessam.
Formado em Estudos Anglo-Americanos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, especializou-se em Literatura Inglesa e Americana, com um doutoramento na Universidade de Brown. Dá aulas no Departamento de Estudos Anglísticos e no Programa em Teoria da Literatura da Faculdade de Letras.
Nesta instituição, foi ainda director e presidente do Conselho Científico entre 2008 e 2013. A sua actividade profissional, de ensino e investigação, tem incidido sobre a Teoria da Literatura, o Modernismo europeu e norte-americano, a tradução de autores ingleses e norte-americanos e a dramaturgia de textos ingleses e portugueses.
Colabora com o Laboratório de Estudos Literários Avançados, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Nova de Lisboa.
É administrador não-executivo da Fundação Calouste Gulbenkian e presidente do Conselho Geral Independente da RTP.
Entre outros ensaios, publicou, em 2017, em co-autoria com Miguel Tamen, “A Universidade como deve ser”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Convenci a minha filha (com 20 anos) a ver o programa, mas passados 25 min. não foi fácil manter o foco. O programa está demasiado esotérico, e não fosse a presença de Marçal Grilo e tinha sido … penoso.
A realidade da formação nas Universidades é demasiado teórica, pouco adaptada ás necessidades das Empresas. Sou empresário e fundador de uma tecnológica, com Clientes fora de Portugal, que recebe estágios curriculares com regularidade. Eles têm dificuldade em aguentar a pressão de um Projeto, não sabem “vender” a sua ideia, nem tão pouco fazer um ppt que os ajude a vender a ideia (embora aqui, a maior parte dos profs. Universitários também não!). O tema do Programa é pertinente, mas os convidados não estão muito à altura (a preocupação para divulgar o livro foi latente …), pois são demasiado teóricos … sendo Marçal Grilo o único que tentou comunicar … para os jovens. De qualquer maneira, sou fã do programa, mas existem alguns que não é fácil ver … até ao fim.
Boa noite,
Acabei o curso 2014 de 21 de setembro.
Derramei as minhas lágrimas e enorme esforço para conseguir o curso com Mestrado integrando em engenharia. Após uma procura intensa por anúncios com mais 5000 currículos enviados, nada valeu apena. Nunca arranjei trabalho.
Hoje arrependo profundamente de erro que cometido.
Quando me pergunta na rua se já tenho trabalho. Tenho vergonha em responder.
Espero que esta mensagem mobilize as pessoas procurem canudo pois a universidade não é garantia do bom canudo, mas sim uma grande mentira criada não sei por quem.
Hoje em dia sou servente de pedreiro por fim já ganho, bom dinheiro e não ando com cabeça cheia como tinha na universidade.
O Chamada de atenção uma critica quem é dos recursos humanos são pessoas que não tem perfil para poderem avaliar áreas que não são do seu conhecimento e muito menos avaliar técnico superior na área das tecnologias.
A realidade que contendo das Universidades e de excelência. Mas empresas querem os trabalhos realizados por baixo da mesa.
Foi pedido quando arranjei primeiro emprego, para fazer um maquina que nem estudas numa em semana. pensei logo que estavam loucos. Pois não se faz um bmw em uma semana. e segurança não era importante para o meu chefe. recusei dizendo que precisava mais tempo 15 dias depois foi posto andar.
se for pelo salário mais vale nem procura curso. Fica se pela escolariedade minima. Há possibilidade de arranjar emprego.
O final de uma licenciatura ou mestrado integrado não deve ser vista como um fim de ciclo mas apenas um novo princípio com conhecimentos que nos permitem fazer novas perguntas. Como diria João dos Santos, “se não sabe porque pergunta?” Em suma, só nos questionamos quando sabemos algo mais que nos inquieta e nos deve levar a manter a curiosidade do saber/conhecimento.