O modelo tradicional de família deixou de ser o dominante. Um milhão de casais não tem filhos. Mais de metade das crianças que nascem ficam filhos únicos. E, desde 1995, mais de 300 mil bebés tornaram-se meios-irmãos de alguém. No Fronteiras XXI debatemos como evoluiu a família, em Portugal. Reveja o programa aqui.
Há 50 anos existia um único modelo de família, em Portugal. Resultava do casamento católico entre pessoas do sexo oposto, em regra aos 26 anos e onde nasciam em média de três filhos. Apenas 1% dos casais se divorciavam.
Hoje, os portugueses que dão o nó fazem-no sobretudo no registo civil, aos 33 anos, e têm um filho. Um dos aspectos que mais mudou neste meio século é o facto de 59% dos matrimónios terminarem em divórcio.
Depois dessa ruptura, são mais os homens que voltam a casar. As famílias reconstituídas tornaram-se no novo normal e, desde 1995, mais de 300 mil bebés já tinham meios-irmãos quando nasceram.
Aumentou o número de famílias monoparentais, 87% das quais são femininas. E em 56% dos nascimentos as mães são solteiras.
Na última década, celebraram-se mais de 4 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que podem adoptar crianças e jovens desde 2016.
E o número de casais sem filhos não tem parado de crescer. São hoje somente menos 400 mil do que os que têm descendência.
No Fronteiras XXI debatemos como evoluiu a família, as circunstâncias que contribuíram para essa evolução, o papel desta instituição na sociedade portuguesa e como poderá continuar a mudar no futuro. Com o médico Mário Cordeiro, a investigadora especialista em família Anália Torres, o sociólogo perito em migrações Pedro Góis e a editora Rita Moura de Oliveira.
Pela primeira vez, o programa foi emitido em directo do Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. Aproveite para rever o debate, que foi moderado pela jornalista Ana Lourenço no passado dia 12 de Fevereiro, às 22h.
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