Numa altura de desafios e incertezas para a democracia, o jornalismo está sob fogo cruzado. A internet e as redes sociais são hoje a principal fonte de informação, mas também de desinformação, "fake news", manipulação e propaganda política. Reveja o programa.
Numa altura em que a democracia enfrenta desafios e incertezas, o jornalismo está sob fogo cruzado. Os meios digitais alteraram radicalmente a forma de consumo de notícias, com a internet e as redes sociais a serem a principal fonte de informação, mas também de desinformação, fake news, manipulação e propaganda política. O ritmo vertiginoso de produção, é uma ameaça à profundidade e qualidade noticiosa, com o jornalismo a concorrer com falsos media e produtores de conteúdos.
O frágil modelo de negócio enfraqueceu o sector. Concentrou em algumas empresas quase todos os meios, reduziu o tamanho das redacções e trouxe instabilidade aos profissionais. Em menos de duas décadas, metade dos títulos diários ou semanários na imprensa desapareceu.
Das rádios, à imprensa e televisão, os media vivem agora online, sujeitos às regras e algoritmos de busca de gigantes como a Google ou o Facebook. O jornalismo digital e a televisão regateiam hoje a liderança como principal fonte de notícias em Portugal. E apesar do grande aumento de assinaturas, não chegam a 10% os consumidores portugueses que pagam para ler informação online. Outros 30% bloqueiam publicidade.
Recentemente o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa deixou um alerta: falou de uma “situação de emergência” nos meios de comunicação social nacionais, que classificou como ” um problema democrático e de regime”.
No próximo Fronteiras XXI queremos debater o jornalismo de que precisa a democracia e o que podemos esperar no futuro. Com os jornalistas David Dinis e António Borga, a socióloga política e especialista em media Susana Salgado e a participação especial de Sérgio Dávila, director do maior e mais influente jornal brasileiro Folha de S. Paulo.
A moderação é da jornalista da RTP Ana Lourenço. Fronteiras XXI, dia 19 de Junho, às 22h, na RTP3.
Director-adjunto do semanário “Expresso” desde Março, tem uma carreira de mais de 24 anos como jornalista.
Foi fundador e dirigiu o jornal online “Observador” desde o seu lançamento, em 2014. Foi também director do Jornal Público durante quase dois anos e da estação de rádio TSF, onde colabora como comentador de política desde 2010.
Passou também pelo semanário “Sol”, “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias”, “Diário Económico”, “Semanário” e “Notícias de Leiria” como jornalista, editor de política, grande repórter ou editor-executivo.
É formado em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica e doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais do respectivo Instituto de Estudos Políticos. Foi assessor de imprensa de Durão Barroso no XV Governo Constitucional e é co-autor, com o jornalista Hugo Filipe Coelho, do livro "Resgatados: os bastidores da ajuda financeira a Portugal" (2012). Escreve para o jornal “ECO” e faz comentário político na “SIC”.
Começou a sua carreira de jornalista em Londres, na "BBC", canal público de televisão e rádio do Reino Unido, como repórter entre 1969 e 1974.
De regresso a Portugal, foi chefe de redacção do Telejornal da "RTP". Foi também director e chefe de redacção do jornal "O Diário".
Entre 1991 e 1992 dirigiu a "CNTV", agência de jornalismo multimédia constituída pela TSF, Costa do Castelo Filmes e Repórteres Associados, e um ano depois assumiu a direcção de produção e subdirecção de programas da "SIC", onde permaneceu até 2001.
Desde então e até 2008 voltou a vestir a camisola da "RTP", primeiro como director de programas e depois como director-geral dos meios de produção. Seguiu-se a administração do Grupo Valentim de Carvalho (2008-2012) e a presidência da Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Televisão (2010-2014).
É hoje membro de Direcção da Associação para o Estudo da Comunicação e do Jornalismo.
É investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em Sociologia Política e dá aulas de comunicação política e de media e política. Foi também investigadora no Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford no Reino Unido. Formada em Ciências da Comunicação e mestre em Ciências Sociais com a tese “Os Veículos da Comunicação Política – Estudo de uma Campanha Eleitoral nos Media”, trabalhou ainda como jornalista e consultora de comunicação antes de se dedicar à carreira académica.
O seu trabalho centra-se no impacto dos media na democracia. Foi recentemente vice-presidente de um grupo de trabalho Europeu constituído para analisar as consequências da comunicação política populista na vida democrática na Europa e as mudanças nos sistemas de comunicação e nos media. Actualmente, desenvolve estudos comparativos de media e sua influência na construção democrática e social na Europa, Brasil e África, e é investigadora principal de projectos ligados a campanhas de ódio e desinformação nos media, propagação de discursos populistas através das redes sociais e a sobrevivência do debate político democrático nas sociedades assentes na tecnologia e Internet.
É director da “Folha de S. Paulo”, jornal diário brasileiro do Grupo Folha, e líder de audiências desde 1986. Além de jornais, o grupo de media detém a agência de notícias Folhapress, o instituto Datafolha, que faz estudos de opinião e mercado, a editora Publifolha e empresas de distribuição e impressão.
Jornalista da Folha há mais de 26 anos, depois de ter estado como assistente editorial das revistas Veja S. Paulo e Playboy, do Grupo Abril, ali tem vindo a ocupar diversos cargos, de redactor da Revista São Paulo, estrangeiro até editor-executivo.
Como correspondente internacional esteve mais de uma década nos EUA, onde cobriu os atentados do 11 de Setembro, as eleições de George Bush e Barack Obama, os conflitos no Iraque e as tragédias provocadas pelo furacão Katrina.
É formado em Comunicação e Estudos de Media pela Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo e pela Universidade de Stanford, Califórnia. Obteve o título de “Mestre do Jornalismo” do Prémio Comunique-se pela tripla vitória consecutiva na categoria “Correspondente Internacional – Media Escrita” e é autor dos livros Nova York – Antes e Depois do Atentado e Diário de Bagdá – A Guerra do Iraque Segundos os Bombardeamentos.
Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.
Devemos, ou não, sancionar severamente os autores de conteúdos falsos, especulativos ou tendenciosos, que mais não pretendam do que enganar os leitores ou condicionar a sua livre interpretação da verdade e dos factos?
A questão é saber onde como e quando, não diria sancionar mas desmascarar logo à partida a fraude, se bem que uma “fake new” não é fácil de contrariar, sobretudo para o o público alvo das mesmas