Os jovens nascidos entre a década de 1980 e o início do novo milénio vão ser a primeira geração a viver pior que os pais. Apanhados entre duas crises económicas de proporções históricas, nem a sua maior escolaridade os livrou do desemprego, dos contratos precários, da dependência financeira da família. O que é que os espera agora? Reveja o programa.
Ainda a sociedade se estava a recompor da última crise económica quando a pandemia da Covid-19 se abateu sobre o mundo, provocando uma nova recessão mundial. E, tal como na anterior, são as gerações mais novas quem mais está a sentir estes efeitos.
Quase 26% dos portugueses entre os 15 e os 24 anos estão desempregados, segundo o IEFP. Uma percentagem que aumenta a cada mês que passa. Mas os nossos jovens não estão sozinhos.
De acordo com o Eurostat, a taxa de desemprego neste grupo etário aumentou dois pontos percentuais desde o ano passado – tendo já atingido os 17%, na UE. Números semelhantes aos que vimos quando a crise financeira atravessou o oceano Atlântico, em finais de 2008, e que só pararam de crescer no início de 2013.
A somar a um cenário que se avizinha sombrio, temos as pessoas nascidas entre a década de 1980 e o novo milénio que, em menos de 10 anos, se vê a braços com um novo contexto de crise económica. Alguns analistas sugerem que esta será a primeira geração a viver pior que os pais.
Como é que a actual conjuntura mundial poderá afectar o acesso de todos estes jovens a um emprego que lhes dê estabilidade e segurança? Que impacto têm as paragens no trabalho na trajectória de vida destas gerações? Conseguirão emancipar-se e realizar as suas expectativas? E que impactos tem esta situação para o país de hoje e de amanhã?
No Fronteiras XXI, debatemos os factores que estão a criar dificuldades e explicam a perda de rendimentos e qualidade de vida das gerações mais novas. Com a economista da educação Ana Balcão Reis, o sociólogo especialista em juventude Vítor Sérgio Ferreira, o professor que ganhou o nobel da Educação, Global Teacher Prize Portugal, Rui José Correia e a apresentadora do podcast “A Minha Geração” Diana Duarte.
Tivemos também entrevistas exclusivas a peritos internacionais, como o economista norte-americano e antigo Secretário-de-Estado do Trabalho dos EUA Robert Reich e a professora da Universidade de Castilla-La Mancha especialista na transição dos jovens do sistema educativo para o mercado de trabalho María Ángeles Davia Rodríguez.
E ainda contámos com a participação especial de alunos e ex-alunos da Universidade Europeia, que puderam dar os seus testemunhos pessoais, em directo, neste programa.
O debate foi emitido no dia 7 de Outubro, às 22h30, na RTP3. A moderação esteve a cargo da jornalista da RTP Ana Lourenço.
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