A cada dez segundos um utilizador é alvo de um ataque informático com pedido de resgate. E áreas essenciais como a energia, a banca, o sector alimentar, de segurança ou de transportes estão sob constante ameaça. Como conseguiremos manter em segurança os nossos dados e infra-estruturas? Como pode Portugal proteger-se melhor?
Às 22h30 do dia 29 de Outubro de 1969 era enviada, pela primeira vez, uma mensagem entre dois computadores. Saiu do servidor do laboratório da Universidade da Califórnia e viajou 600 km até ao Instituto de Investigação de Stanford, nos EUA. Era o nascimento do e-mail e, nesse mesmo ano, da Internet, ligando computadores em quatro universidades norte-americanas.
Hoje, a rede infiltrou-se em tudo. Byte a byte, abriu-nos o mundo mas deixou-nos expostos e vigiados. Toda a informação trocada online fica registada. O que fazemos na net ou o que divulgamos nas redes sociais revela quem somos, o que temos, em quem votamos, como reagimos. Os nossos dados são vistos e registados. Mas estão protegidos?
O novo Regulamento Geral de Protecção de Dados da União Europeia, em vigor desde Maio passado, aperta as regras, reforça os direitos de privacidade e até cria mais uma profissão: Encarregado de Protecção de Dados. Será suficiente?
A rede deixou-nos muito mais vulneráveis. A cada dez segundos, um utilizador é vítima de um ataque informático com pedido de resgate. E áreas essenciais como a energia, a banca, o sector alimentar, de segurança ou de transportes, que dependem da Internet para funcionar, estão sob constante ameaça. No ano passado, dois gigantescos ataques informáticos atingiram mais de 150 países. Infectaram empresas de telecomunicações, energia e banca, paralisando serviços e deixando milhões de euros de prejuízos.
O “hacking” de computadores tornou-se também uma nova forma de guerra, de ataque e contra-ataque entre países, governos e empresas.
Como conseguiremos manter em segurança os nossos dados e infraestruturas? Como pode Portugal proteger-se mais e melhor? Que novas ameaças nos desafiam?
Para responder a estas e outras perguntas estarão em debate a jurista e presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados Filipa Calvão, o director-geral do Gabinete Nacional de Segurança, o Contra-almirante António Gameiro Marques e o especialista em segurança informática Luís Antunes.
No programa teremos a participação especial do português que ganhou o título do “hacker mais valioso”, André Baptista, e uma entrevista exclusiva à ex-directora da Cambridge Analytica que denunciou o tratamento ilegal de dados empresa, Brittany Kaiser.
A moderação é do jornalista Carlos Daniel. Não perca o Fronteiras XXI, dia 25 de Julho às 22 horas, na RTP3.
Boa noite,desde já deixo o meu apreço pelo programa. A minha pergunta é a seguinte… Esta lei de proteção de dados foi promovida devido a quê? Talvez porque aja muitos crimes informáticos? Ou será mais um negócio da evolução da tecnologia?estratégia?
Questao para ser colocada no programa.
Num cenário em que se consiga obter informações de comprometimento de segurança de entidades sensiveis, e depois dos avisos e alertas terem sido feitas mas sem resultados de mitigação, questiona-se se é ilegal a divulgação publica de falhas consecutivas na sua prevenção.